6 de abril de 2009

Momentos


Não é fácil. Nunca foi e não será. Tudo que vem fácil demais não se dá valor, assim diz os antigos que andam entre nós. Nesse mundo de tantos anos, entre tantos outros, fui o escolhido. é sorte? Reconhecimento? Destino? Não sei. Pode ser tudo isso ou nenhum desses. Meu medo é perder; perder tudo que conquistei até agora, estou realmente com muito medo, faltam apenas uma semana, sete dias, sim! Apenas sete dias, eu espero que Deus me ajude, só tenho Ele agora, minhas forças estão se esgotando, mas minha confiança não,sei que Ele é minha força, vai me erguer e não deixará que eu tropece, hoje eu estou aqui, sentado em um lugar que eu amo, que para mim é uma conquista, estou entre as paredes que muitos anos eu sorrir, dancei, cantei, chorei, briguei, abracei, beijei, iludir-me, fiz alguns de iludidos, foi aqui também que eu conheci pessoas que hoje são como de minha família, amigos, esses que se tornaram como irmãos para mim, com lágrimas sobre o rosto eu só peço a Deus forças, eu preciso muito de boas energias, hoje me vejo construindo passo a passo, andando, fazendo algo para comer, para beber, recebendo, chegando com sacolas de compras, algo que amo fazer, descendo com um charme singular, subindo com o tal ao meu lado, foi aqui também que eu conheci pessoas que mexeram com meu coração, me fizeram melhor no amor, ou pior, algumas vezes.

Neste lugar que eu sentei, olhei para o horizonte e fiquei horas esperando você voltar, falar comigo, dizer que me amava, também chorei quando disse que não, não voltaria. Vi vídeos; dancei com eles, conheci o sentido e o valor da liberdade, momentos únicos, que não voltam nunca mais.

Quero trazer à memória aquilo que me dá esperança, fecho os olhos me vejo sorrindo com pessoas que passaram por aqui, se foram, uns para muito longe, outros para perto e até aqueles que não voltam nunca mais.

Hoje eu amo, sinto saudades do meu amor, da pessoa que embora não demonstra que está com saudades de mim, que não fala comigo, que não se importa com isso, sei que lá no fundinho do peito ela tem uma vaga lembrança de quem sou; Aqui eu fui meu psicólogo, conversei tantas vezes sentado em frente ao espelho, horas e horas de alto analise, e depois eu acabava fazendo a mesma coisa, amando, e com isso sofrendo, e chorando, ah!! Como sou chorão, sentimentalóide, como sou amante do choro.

Um dia meu pai me disse que estava bom, afinal, é para mim, então desde que tenha um teto... minha mãe veio, disse para que eu me arrumasse, achou bonitinho, e eu, como sempre dei de decorador, de entendedor da vida, coloquei o meu cantinho da maneira q eu queria, minha cor favorita predomina, o branco, tudo claro, trás luz, vida, ah! E claro as cores estariam nos detalhes, as louças, as colchas, os talheres, os cosméticos, esses que me acompanham há anos!!! Aqui, foi aqui que realizei vários de meus sonhos, aquele que me fez sofrer muito, até sangrar, mas que após tanta dor, limitações, privações, ele veio a se realizar! Contava os dias para que tudo desse certo.

Neste lugar eu me abracei, eu me beijei, eu me doei. Fiz loucuras, travessuras, agir com o coração, às vezes com a razão, razão essa que me fez e ainda faz todos os dias o que sou hoje, uma pessoa ímpar, sério quando necessário rizonho quando permitido, amável para os tolerantes, detestável para os impacientes, doce para os amantes, amargo para os diabéticos invejosos, amigo aos que são abertos a receber o fel da verdade, inimigo aos que são amantes da mentira e da inveja.

Meu nome é Desafio, sobrenome, Vencedor.

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