24 de agosto de 2011

Entristecido


Até onde eu tenho o direito de sofrer, de ser o que sou, o direito da felicidade, de alcançar as ambições que tanto almejo. A quem devo recorrer, se é melhor viver uma ilusão bem feita do que a realidade árdua, dura, massacrante. O que me vale ser aquele a quem sou se é melhor ser quem eu não sou e representar o meu papel bem feito, assim como num folhetim, representa bem e ganha no final da trama um prêmio, holofotes e o melhor, muito dinheiro.

Dinheiro. Doce palavra, música para os meus ouvidos. Menti quem fala que ele não trás felicidade, saúde, amor, tudo o que todos sonham. É ele quem legitima o que é, e não adianta vim com questões moralistas, por favor, você trabalha, estudam, gasta teus dias, dia após dia, por causa do dinheiro, tem gente que vende a própria alma por ele, além do corpo, quando, claro, ele vale algo que valha a pena mesmo.

Não sou moralista, sou honesto. O mundo gira em torno do dinheiro, em torno de aparências, a publicidade vende e você compra, eu também, nós compramos.

Estudei, muito, passei em várias universidades, conheci milhares de pessoas, fiz outros milhares de contatos representei bem o meu papel, sou conhecido, não famoso, ainda, apesar que de certa forma sou, mas sem os paparazzi, aqui na minha bela cidade, que pretendo dá adeus logo, logo, falo várias línguas, principalmente as do sonho.

O sonho. Durmo 7horas por dia, são as horas que mais gosto da minha vida, o meu melhor tempo é quando estou na cama, sonhando com o mundo que eu criei, viver neste mundo é tão bom...dá vontade de nunca, nunca mesmo, sair dele. É o mundo do “faz de conta” eu vivo neste o tempo todo, mas no sonho parece que ele se torna real. Palpável.

Deu-me saudades de escrever, a muito tempo estou tentando escrever mas nunca tenho disposição, estou triste estes dias, na verdade eu nunca estou alegre totalmente, a felicidade para mim não existe se não houver dinheiro, e falo com todas as sílabas, deve ser por isso que Deus não me deu dinheiro, para eu ficar infeliz o tempo todo e criar um modo de raciocínio, o da invenção, de criação do meu mundo.

Tenho um amigo, mas não posso ficar contando problemas, é chato você ouvir problema dos outros,por mais que eu tenha ouvido vários de várias pessoas. Falo isso porque eu nunca conto os meus problemas, com exceção aqui no blog, um modo de desabafar, porque confesso que perdi até minha analista, é... a vida é dura comigo, enfim não vou derramar lágrimas por causa disso.

Estou fazendo aulas em uma universidade, um curso, loucura, só podia, e tem um cara na sala que não me faz bem, na mesma hora que eu tenho nojo dele, eu quero beijá-lo. Que merda. Eu, o rapaz que muitos querem, o belo, o aparentado, o que mora na zona sul, o que faz e acontece, o jornalista, o artigo definido da legitimação da comunicação.

Eu queria ser eu mesmo, viver o que acredito ter uma vida considerada normal pelo senso comum, (estou rindo agora, enquanto escrevo), mas é verdade, mas tudo na minha vida foi girando em torno da uma outra política, um outro rumo, e fui formando opiniões a respeito que me levaram no que sou hoje.

Estou escrevendo meu livro, não é nada fácil recordar de certas coisas que aconteceram em minha vida, é um problema quando você se depara com o começo do nada.

Deixo este desabafo, por hora, aqui. Pode ter sido meio subentendido. Mas vocês terão detalhes no livro.

Até outra aurora.

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