28 de janeiro de 2009

Livre-arbítrio


Disse o que era necessário.
Não sei ao certo se é o certo ou errado, apenas disse o que estava entalado em minha garganta.
Não nasci para prejudicar, nasci para ser e falar o que é de devido direito meu.
Ele foge como um cão assustado se esconde debaixo dos lençóis como se isso resolvesse sua vida, como se eles cobrissem o que não há como cobrir.
Vergonha. Causadora de desavenças de esconde-esconde sem nexos, a preguiça ou o medo, não sei bem o que é, mas parece ser que ao fugir de suas responsabilidades ele se sente mais livre. Livre de ser ele mesmo, livre de cuidar de suas obrigações.
Impossibilidades se têm, se faz ou se conquista como outra qualquer coisa que queiramos, como diz Isame, quem ama cuida, ensina, zela, ao contrário, se odeia, não se dá valor ao zelo que um dia ele teve ou não. Se não teve, quer descontar em quem quer ter,
não oferecendo o ombro. Hombridade? O que é isso? Ele desconhece qualquer que seja o temo cuidado. Não teve, não sabe o que é não faz questão se saber.
Quer suprir com os outros o que não consegue em si, abrir o coração para fazer com quem realmente deseja fazer desde o nascimento daquele bastado, filho da mãe maluca que deixou iludisse pela beleza e palavras adocicadas.
Foi um fiasco, uma perda.
É constrangedor, é o absurdo, o inaceitável.
Não se sabe amar, não se ama, se tem prazer. Prazer não é amor, é prazer, simples, bom, prazer, que começa e acaba, em maioria em curto prazo. Amor é cuidado, saudade dele, fazer por ele, querer ter ele e mais, muito mais, é durável, pode acabar, de boca, mais de coração fica, ainda fica o carinho, o afeto, seja pequeno ou não... Será que amor tem largura, comprimento, espessura? Vai saber.
Ele escolheu me amar, zelar por mim, suprir o vazio, o outro não teve escolha, é dele, mas não foi e não se sujeitou a amar-me, a zelar-me a suprir-me, apenas cumpriu com que se dá nome de obrigação.
livre-arbítrio, nome que se dá à liberdade de escolhas que eu e você temos... eu fiz a minha escolha de hoje e você já fez a sua ?

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