
Às vezes me pergunto: como será encontrar uma pessoa que você sabe, ali, no primeiro instante, ou não, só vai saber depois de muito tempo, fará de seus dias mais longos e mais felizes? É tão confuso para mim, quando penso que encontrei uma pessoa que considero certa e essa de alguma forma se vai como um vento passageiro, por que isso tem acontecido comigo? São tantas perguntas e poucas as respostas. Uma amiga me disse que tenho que parar de “correr atrás”, deixar acontecer, viver o presente e esquecer de que estou só, pois não estou. Mas como não? Muitas vezes quero ficar só, estou cansado. Sim. Cansado. É uma burocracia essa vida, muito mais que repartição pública no Brasil. Sonho. Meus sonhos têm sempre o mesmo roteiro. A vida tranqüila financeiramente, um apartamento numa área nobre, aqui por perto até aceito, me considero um sortudo em termos de moradia, não é uma área totalmente nobre, mas é centralizada e bem localizada; um carro, aquele que amo, não muito caro, mas não é o dos populares, meu emprego como jornalista, profissão que escolhi e amo e o mais importante, um alguém que me ame. Seja aqui, em Londres, na Indonésia, em Dublin, no fim do mundo, quero esse aquém e se for para eu buscá-lo, irei. Ás vezes penso: “ Ah! Pra que quero uma pessoa, se posso ter várias sem compromisso?” noutras “ Ah! Quero um amor eterno, para compartilhar de tudo um pouco ou de um pouco dum tudo.” E acabo sempre na segunda frase. Sou um cara romântico, carente, sedento por amor e compartilhar o que eu tenho dentro de mim, que é grande. Será que é uma eterna busca? Se for, paciência, viverei para buscá-la, se não, assim espero, achar-te-ei ou achar-te me. Quem acompanha meu blog sabe que meu Filme de cabeceira é o Amor Não Tira Férias, se ele não as tira, espero que tenha um tempinho pra mim em sua conturbada agenda. Conversei com uma pessoa essa semana que, após resistir muito e não querer falar e ficar realmente mais de um mês sem vê-la ou teclar pelo MSN, fez com que eu abrisse meus olhos e descobrisse que eu sou muito mais que um rosto cuidado, uma pele macia e um corpo sensível, atraente; mas que sou inteligente, sagaz, culto, esperto, conquistador, forte, corajoso e realmente despojado. Por mais que eu queira fazer com que as pessoas experimentem coisas novas, lugares descontraídos, conheçam pessoas de outras “tribos” e viva intensamente, não conseguirei, porque eu sou assim e não o próximo, eu me vejo no espelho muitas vezes e apesar e não me achar, ainda, o cara mais lindo e mais desejável desse mundo, eu vejo o cara mais inteligente, conquistador, engraçado, bobo, pirata, ator, nobre. Aquele que apesar de enfrentar a vida de maneira aparentemente divertida, é sério e amadureceu muito cedo para ser o que é e para conquistar o que há de vim. Reconheço que sou metido, chato, arrogante ás vezes, tenho defeitos, e quem não os tem? Também sei que sou amigo para todas as horas, companheiro e amoroso e que há pessoas que confundem essa parte, infelizmente. Essa semana conheci um cara do nordeste, novo, e ele se mostrou preocupado com as responsabilidades e expectativas que esses pais depositam nele. Em uma entrevista dada á mim, ele disse que seus pais esperam que ele passe no vestibular e isso o preocupa muito, pois tem receio de não passar e ser a decepção da família. É isso que vivo, medo de ser uma decepção, não para a minha família, mas para mim mesmo, de não conseguir realizar aquilo que é a chama mais acessa em meu coração. A vida é um teatro, ás vezes está no palco fazendo o papel do coadjuvante, nas beiradas e não aparecemos tanto, noutras, á frente, a luz em nossos rostos, a nossa voz, mas tremula, pois por obrigação temos que falar mais alto, todos quem que nos ouvir, somos parecidos, colocamos nossa cara em cheque, ali fazemos o papel principal o de protagonista. Ouvi numa dessas entrevistas de programa de TV um ator dizer que uma charada “Quem consegue mentir com perfeição com 4 letras. ATOR.” Se somos, mentimos o tempo todo para nós mesmos, e, quando não somos, somos quem? Em que momento, onde, por que e pra quem, deixamos nosso papel de lado e somos nós mesmos? Quero respostas. Espero que ao longo da vida eu as ache. Por enquanto, vou caminhando por esta longa estrada da vida.
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