6 de julho de 2008

Quarto do Pânico



Agora são exatamente 1:59 da manhã de domingo, 6 de julho de 2008, estou assistindo o quarto do pânico,e pensando de como nós vivemos num quarto igual à esse.

Estamos num quarto sem saída, cheios de amarguras, inseguranças, medos, ás vezes em um lugar escuro sem recursos, outras num lugar de que possamos ver o mundo girar em nossa volta e não podemos fazer nada.

Não podemos ser nós mesmos, somos sujeitados a viver em torno de mentiras, no sujo, no mundo ‘incolor”, frustrados, incapazes de fazer algo para mudar as situações que nos cerca.

Somos marionetes duma sociedade hipócrita, onde quem tem mais é maior, é ouvido, tem a lei, a ordem, quem se veste melhor, são os que ditam, os menos favorecidos, se são, fazem parte dos seguidores, serventes, os “sem mentes”,os manipulados.

Este ano, eleitoral, temos muitas chances de ficarmos onde estamos, no nada, conformados com benefícios pequenos, de obrigação mórbida, descrita, e não construtiva, continuaremos seguindo a tartaruga que vai adiante e ficamos léguas atrás, como se fossemos lesmas que se contentam em passos pequenos viver até que venha a morte e um predador que as consome. Continuaremos frios como o gelo ainda no freezer, contentaremos com os restos que são nos proporcionados, migalhas de pão, agridoce, molhado ao leite desnatado sem gosto algum. Ficaremos nus, em frente às barbáries da corrupção, ambição, CPIs jamais resolvidas e comeremos o fel sem fazer cara feia.

Brasil, país de pessoas escravizadas até hoje pelas cores, pelo belo, pela esperança que vem do céu, pelas palavras encorajadoras, de mentiras, ilusões, bajulações, falsidades; país de muitos filhos doentes, e poucos sarados. Brasil de anil ofuscado, amarelo manchado, verde mal pintado. Se ainda temos algo, que seja a natureza que não foi construída pelo homem, mas está sendo vendida pelo mesmo.

Vou-me embora, cansei de pessoas iludidas, onde estão as caras pintadas? Onde foi parar os guerreiros? No Planalto, Senado, Congresso? Eles tomaram a injeção da “roda-da-fortuna” do “quanto mais roubo mais quero roubar” ou da “votos são fáceis enquanto o povo não enxergar”? São tantas as drogas injetáveis que me perco diante desses infinitos medicamentos para um moral limpo, quanto mais se toma mais se perde deste moral.

Caráter não sabe se há neste Brasis de Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Belém... se há, onde há?

Vou me embora, sou covarde, in de gente, sou menor, frágil, incapaz, de viver num pais com tantos incapacitados de gritar e agir! BASTA DESTE QUARTO DO PÂNICO CHAMADO BRASIL!

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