
Sem razão, veio ao meu coração como canção não diplomática, invadindo-me avassaladoramente, sem pedir licença, entrou, tomou conta do meu peito, ficou e minha razão sumiu no vento.
Ao ouvir a voz, doce, mansa, lisa, plena, forte, tremendo-me dos pés aos fios de cabelo que me restam, o sorriso aparecendo aos poucos, dando seu sinal de "eis-me aqui", o toque suave, suas mãos em meus braços, seu toque em meu toque, nos fez um. No dia em que fui mais feliz, liberdade sentir, no alto da montanha, verde, o vento colorindo o dia, assoviando em meus ouvidos, canções de amor, que trazia paz, leveza, o doce necta do beijo, teu beijo, teus lábios, macios, adocicados na medida certa, o dia em que fui mais feliz, abraçado no pomar, debaixo da sobra da nuvem de tão formosa, tomava-se a forma do coração, feito pelo ar, este que respiro, junto ao cheiro suave de seu perfume. O céu reuniu-se a terra, por nós dois, você, alto, sublime, eu, firme, sobre as águas. Meu amor levou minha identidade, levou a realidade, tirou-me a capacidade de pensar por mim, ah! Seria bom, como não? O nosso amor, azul, o mar, a lua, os céus e tudo o que há.
Dormir em teu colo, alisar-te meu cabelo, devagarzinho, carinhosamente, alisava-me as mãos sobre o meu rosto, todo o dia, toda a noite, sonhava em teus braços, sorrindo, comendo o melhor fruto, bebendo do melhor vinho, assentado no melhor lugar, este que eu via toda a terra, todo o mar, os peixes e o que mais nele há.
O nosso amor não pára, ele flui como o rio, nasce entre as rochas aos poucos, forma um poço, corre junta-se as águas da chuva, forma-se um enorme rio, de águas cristalinas, passa pelos vales, montanhas, encontra-se com outros rios, que nos convidam a juntar-se a caminho do mar, quando lá, nos damos, tornamos um, o mar, este amor, este encontro.
Cores que não sei o nome; viajo pelas galáxias por cada estrela, até pousar-me na tua, e vou seguindo-te, mesmo não sabendo onde vou parar, pra onde vou, sigo, atento aos teus passo, olhando a tua nuca, você me chama, abre os braços e ali me rendo sem esquerda, sem direita, só centro.
O nosso amor não tem forma, não é exato, não é humano, incógnita do dia a dia, e passamos anos procurando o que não há, aquele que era, aquele que é, aquele há de um dia nos achar, quem somos nós para interpretá-lo? Afinal de contas nos doamos a este, cujo nome dá surpresa encontramos sentimento não controlamos; choro, risos, brigas, pazes, ímpares, pares, de sol, de lua, de segunda, de sexta, de inverno, de verão, de brilho, de escuridão, este é o nosso amor, uma grande e aceitável excitação, cujo corpo não controla e a mente também não.
O amor é incomparável e irresistível. Quem nunca amou que jogue a primeira pedra. Se daqui a dois dias, se daqui a mil anos, já temos encontro marcado, eu e você.
Te amar eu ousaria...
“Ainda bem que você vive comigo, porque se não, como seria esta vida? Sei lá, sei lá... nos dias frios em que nós estamos juntos, nos abraçando sobre o nosso conforto de amar, de amar, Se há dores tudo fica mais fácil, seu rosto silencia e faz parar as flores que me manda são fatos e entrega, meus beijos sem os seus não daria os dias chegariam sem paixão... meu corpo sem o seu uma seria o acaso e não sorte.
Neste mundo de tantos anos entre tantos outros que sorte a nossa hein? Entre tantas paixões este encontro nós dois este amor, neste mundo entre tantos outros que sorte a nossa hein? Entre tantas paixões este encontro, nós dois, este amor. “Entre tantas paixões este encontro, nós dois, este amor.”
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