
Em dias de tantas agitações, de tanta correria, de vários olhares e palavras, eis-me aqui novamente.
Encontrei, não por acaso, porque acredito em destino, Fernanda Young no aeroporto do Rio (Galeão) a duas semanas atrás. Não resistir, afinal de contas, ela estava na minha frente esperando para fazer o check in e o fã abestado, que por sua vez quente de orgulho e com um "Q" de quem não quer nada, pediu a ela um autografo e tirou uma fotinha de recordação, aos meus fãs, eu também sou fã e sei muito bem como é passar por essas situações de meio orgulho de si mesmo e aquela vontade de sair para o abraço e gritar alto o quanto você admira a pessoa.
Depois dessa agitação voltando à BH deparei-me com uma pauta no mínimo nautágica. Fui fazer uma matéria de moda. Havia muito tempo que não escrevia e não acompanhava esse segmento, meses em política, que pulo de gato; pensei comigo,m após tanto tempo decorando nomes de ministros, senadores, escrevendo cada capitulo dessa novela, (leia postagens anteriores) agora vou eu escrever sobre moda. Jornalismo é mesmo uma montanha russa, não que eu não goste, pelo contrário, gosto de escrever e saber sobre tudo, mas quando você se desliga um pouco sobre certos assuntos, não é fácil voltar aos caminhos perdidos, pois bem, procurei as vougues homem que comprei a um ano trás, sim, moda é retrô, pesquisei alguma coisa na net, fui a um shopping de BH, conversei com algumas pessoas e pronto, estava pronto para começar a desvendar o que vai ser moda nesse verão e olhe a pauta será para uma semana e com isso tudo só faltavam 3 dias para escrever a matéria, pois bem, depois de uma viajem ao arco-íris da moda masculina, sim, a pauta era sobre moda masculina, bom pra mim por um lado, porque por outro eu tirei a conclusão do quanto moda toma parte significante do salário de quem a acompanha, principalmente para os seguimento da qual escrevi a matéria. (Leia a Vip de outubro).
Já nos meados de agosto, com tantas coisas acontecendo na política, eis-me de volta ao meu posto, mas algo de novo aconteceu, fui parar numa empresa (para pesquisa pessoal) onde havia pessoas completamente diferentes em termos políticos,socioeconômico, de valores religiosos e culturais. Fiquei parte do mês passado ali, observando como o andar da empresa se ia com tais valores, eu sinceramente estava sem espaço, me sentir literalmente um peixe fora d'água, pessoas em suma simples, que tem um salário baixo, em torno de 1 à 2 salários mínimos, mas que sabem administrar bem, digamos, o mesmo, a maioria com filhos, casados e alguns poucos solteiros, que moram com os pais.
Observei que os mesmos não têm uma vida cultural abrangente, conhece pouco de outras línguas, vivem em seu mundo, criado dentro das possibilidades. Certa pessoa que confessou que não é apta a certos lugares, como restaurantes mais sofisticados. "Não me sinto bem, entrei, fiquei poucos minutos, fui embora." outra "Eu não sou ligado à isso (roupas), compro o barato e me visto, isso é importante." e essa vai além "Chego cansado, não acompanho noticiário, não tenho tempo para ler, quero estudar, mas fico cansado."
Fiquei perdido, me dei como observador, comecei então a ler o meu jornal na hora do almoço como todos ao meu redor, fui interpretado mal por isso, por ser o "diferente" o que ler o jornal, o que sabe inglês, o que viaja, o isso, o aquilo...Uma pessoa veio à mim e disse: "Eles estão assustados, não é medo, mas receio, você é um elemento diferente, isso causa curiosidade e o receio de você tomar o espaço, todos são simples, e você já tem um conhecimento muito prévio do mundo com suas diversas experiências."
Mesmo todos sabendo que era algo temporário, havia sim esse receio, fui procurar entender mais no livro “Do que é feito o pensamento - Steven Pinker- lembro-me de ter lido já algum tempo e havia um capítulo sobre essa situação, confirmei o que acreditava está acontecendo, "o medo de ser tomado meu lugar", sendo assim, tornei-me aberto às esses. Fizemos uma espécie de teatro com uma festinha para todos os funcionários da empresa, não somente do setor do qual estava, me vestir de super-herói e me aproximei mais de todos.
Já no último dia ali fiz uma brincadeira de contar-história, e foi muito bom, conseguir que essas pessoas chegassem mais perto e naturalmente perdessem o receio de ter como companheiro, seja de trabalho ou em diversos locais, uma pessoa que aparentemente ameaçassem, e espero que todos tenham as mesmas ou melhores oportunidades das quais tive e tenho tido ao longo da vida.
Não poderia deixar de citar a imensa alegria que estou sentindo com mais uma conclusão de uma jornada acadêmica de minha amada amiga Renata Arruda, hoje MESTRE, pela Universidade Federal de Minas Gerais -UFMG; acompanhei desde a graduação, muito esforço, muito suor, principalmente pelas tantas subidas e descidas do "morro da FAE", pela ajuda que ela sempre deu-me e pelo apoio que eu sempre prestei à ela, os "ovos cozidos do bandejão" como diz nosso amigo Luciano (esse por sua vez desapareceu pelas ruínas antigas), e por tantos estudos, sempre acreditei em ti, você é uma inspiração e força para que seus amigos sigam à diante, e que não desistam em meios às diversidades, és forte e valente, e eu sei, não para por aí, muito mais vem e como sempre você não irá deixar passar e sim agarrar pois és astuta e mesmo sendo tão forte não perde a beleza, o ser amável e a feminilidade que há em ti.
Obrigado por você está conosco.
Setembro está correndo, muito já tem acontecido, aguardem que vou colocá-los à parte e quero muito falar sobre esse dia de ontem... 7, tão esperado por todos nós.
Para deixar um gosto de quero mais, esse fim de semana vou a um festival de bonecos e na próxima de Jazz... Terei muito que compartilha com vocês, obrigado por mais de 500 e-mails, recorde em agosto, ainda estou respondendo, desculpem a demora.
Abraços.
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