14 de setembro de 2009

Viver a Vida


Não é novidade para os meus amigos mais chegados o quanto eu sou admirador e apaixonado por tudo que esse brilhante e magnífico autor de belas e inovadoras novelas e séries, Manuel Carlos, para os mais íntimos Maneco, nos presenteia a cada nova obra. E não foi diferente, desde a primeira novela que vi atentamente, Por Amor, a primeira Helena, inesquecível para mim, interpretada pela tal maravilhosa atriz Regina Duarte e todo o núcleo; que eu não me contento mais em não haver um folhetim como o dEle em todo o mundo, e claro; nem o mundo contenta, e por isso suas obras são passadas à todo ele e milhares de pessoas se emocionam assim como nós nos emocionamos em sentir a nossa vida sendo retratada ali, no aparelho de maior valor sentimental para nós brasileiros, a TV.

Já havia muitos meses que eu sabia da existência dessa nova obra prima titulada VIVER A VIDA, que entrou no ar hoje pela rede globo de televisão, e não por menos, estava anciosíssimo para ver esse primeiro dos muitos outros que virão e farão a diferença mais uma vez, tudo conforme se esperava belas locações, atores admiráveis pela maturidade e sensatez, além das belezas diversas, o bairro mais querido do momento e não só desse, pois embora acreditam ser outro também muito famoso pelo mundo à fora Leblon é sim, um lugar singular e que nos faz sonhar e escrever poesias, e como será o lugar central da novela ainda há muito do que se ver desse belo bairro, porém o que deixou mais surpreso foi Búzios, uma ilha de uma bagagem cultural muito grande e valorizada pelo Estado do Rio de Janeiro sendo tão bela representada e tudo em volta, as imagens foram simples e tão bela, parabéns ao locador e diretor Jayminho (Jayme Monjardim).

Tudo correndo muito bem, o capítulo suave como uma sipnose muito bem estruturada os personagens em sintonia, as frases muito bem colocadas, os olhares e gestos muito bem postos deu aquela vontade de pegar o carro e ir Búzios viver a vida.

Emocionado, pois Maneco sempre me trás boas lembranças da minha infância, à sociedade em volta da nossa família muito bem representada, o sobrenome forte, as passeadas pela orla ao voltar do colégio, as idas ao mar a noite, os jantares e todo o jogo carioca que se tem por de trás desses encontros sempre quentes, Jobim presente, Caymmi e Vinícius de Morais, passa sobre a mente um filme, um viver novamente tudo aquilo que passou mas deixou suas marcas.

Cada folhetim de Manoel Carlos é uma caixa de surpresa, e eu, que estava no mais alto e sublime ápice, saboreando um manjar ao ver tudo o que se passava, me sentindo íntimo da Tereza, do Marcos, da Helena, e claro da linda e maravilhosa Luciana, interpretada por Aline Morais, essa que calo a boca, pois suspiros valem mais que palavras, quando penso que acabou , engano-me, fico parado ouvindo um depoimento no mínimo "Paralisante" de uma senhora que desde criança luta contra uma doença que para época da mesma,acredito eu, mais de 60 anos atrás , fosse sinônimo de morte, de desprezo, de vergonha, e que segundo ela a sua mãe diz-lhe que não seria possível um casamento, filhos, os médicos achavam impossível e quando ela diz que se casou e que teve "seis milagres" em sua vida, eu fiquei emocionado. É algo que realmente nos motiva a viver intensamente a vida, seja como for, quais as dificuldade, é sermos felizes assim como somos, olhar para frente, crescer, ser sempre melhor, acreditar.É isso acreditar que podemos, trazer à memória, sempre digo isso, aquilo que nos trás esperança, motivação, pensamentos bons, acreditar realmente na felicidade, é se jogar na vida, é fazer o que todos acreditam ser impossíveis, é lutar contra a onda que quer nos afundar e sim brincar de pulá-las assim como fazemos na infância quando vamos à praia.

E assim continuemos a seguir, a ver além do que podemos ver a olho nu, e enxergar com o coração, e nunca descuidar da razão, trilhar e acreditar nas possibilidades, aproveitando as oportunidades uma a uma para que prossigamos vivendo a vida que é o maior presente até que a morte venha e não nos tome a vida, mas que vivamos nos corações de quem continuará vivendo de geração em geração.

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