19 de junho de 2008

Comportamento


TEMPO

Quando temos tempo?

Todo tempo?

Ou não o temos tempo algum?

Corremos de lá pra cá, trabalhamos, estudamos, ouvimos musica, vemos televisão, saímos com amigos, vamos á academia, fazermos amor ou simplesmente sexo, lemos livros, revistas, o jornal, fazemos tarefas (nem que seja lavar um copo) de casa, cuidados dos deveres de nossos filhos, dirigimos (ou enfrentamos horas e horas sentados no transporte público), e se não fazemos isso tudo, fazemos um pouco disso ou fazemos quase nada disso.

E por que fazemos tão pouco disso? O tempo nos manipula, nos faz escravos dele, dependentes, loucamente dependentes deste vicio que a cada instante nos faz ficar mais “malucos” ou limitados.

Quando vou consegui ir e vim sem ter que me preocupar com a hora de chegar? Quando terei um tempo para eu ver-me como sou? Cuidar do meu eu, discuti comigo mesmo se assim estou feliz, e o que é ser feliz. Fazer planos e tentar entender que existo para mim e não somente para ele.

Não acredito que seja egocentrismo, mas cuidado. Mesmo por que egocentrismo hoje está voltado á economia, ao ego de ter e ser percebido por isso.

Sem tempo queremos chamar á atenção, de uma forma de outra. Seja com a bolsa de grife que carrego pelo ombro ou pelo terno risca de giz trazido especialmente á mim de Nova York. Sem tempo para relacionar comigo mesmo crio tempo para relacionar-me com o desejo da atenção voltada á tudo que tenho e não o que sou.

Hoje eu trago à memória tempos que eu não tinha a responsabilidade grande que tenho hoje, mas crio o meu tempo para que elas não o tomem de mim, para que eu seja livre e faça dele o meu companheiro, traçando-o, planejando-o e fazendo dele meu aliado.

Assim, terei tempo para mim, para você que ler, para a pessoa que doou seu tempo quando disse: Amo-te; e para o amanhã que sempre é uma “caixinha de surpresa”.

Então você vai ficar parado e deixar que o tempo o faça ou você o fará?

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