24 de junho de 2008

UM SONHO QUE NOS DÁ HOJE


Eu sonhei e continuo sonhando.

Por que sonhar é o que me faz viver, é o que me faz sentir que sou e posso ser feliz.

Quando sonho, procuro sempre o irreal, o que ainda não o vi, mas senti com o coração.

Muitos de meus sonhos se frustraram e sei que alguns hão de se frustrar, mas continuarei sonhando.

Lembro-me de sonhos antigos, de criança, quando, ao lado de minha avô eu deitava e sonhava com uma vida melhor, não cor de rosa, mas branda, calma, um dia menos doloroso, onde não haveria mais feridas e as que eu tinha seriam tratadas, e as cicatrizes desapareceriam.

Um sonho.

Como um toque em meu coração, ao ouvi uma canção, ao ver uma história de amor, ao acreditar que dois mundos tão diferentes pode se unir e torna-se um.

Mas não foi isso que aconteceu quando eu cresci. Parece que a noite não tem fim, todas as vezes que começo a sonhar num céu estrelado, sem manchas, uma nevoa vem e toda conta trazendo medo e sentimentos de solidão e angustia.

O que tenho de errado? O que fiz para não ter ele, o sonho, perto de mim? Por que não posso vê-lo, senti-lo?

Ainda não sei a resposta, mas sei que, a cada novo sonho nasce uma esperança, e que um sonho, este de ser um dia quem eu sempre desejei ser, está a cada momento se concretizando aos poucos, ser eu mesmo, e crescer com todas as coisas que vem me assolando e tentando fazer de mim pouco para a vida. Mas quando eu me levanto e vejo-me através do espelho sinto algo extraordinário, eu vivo, e se vivo tenho o direito e dever de amar-me e dizer o quanto sou importante e precioso nem que seja somente para mim, e abraço-me com um sentimento de orgulho de mais uma vez ousar-me ser quem sou, não apenas um sonhador, mas um agente, para levar a esperança de que algum dia os sonhos serão realizados e serei juntamente com quem me cerca feliz.

Nenhum comentário: